sexta-feira, 8 de abril de 2011

Da mente para o papel.

Me mantenho quieta, fingindo estar calma, fingindo estar tudo bem, porque ninguém realmentese importa com o que me tira o sono. Com o que me faz mudar de humor. De sorriso para lágrimas. Do colorido ao preto e branco. Do brilho ao fosco.
Estou sentindo que estou morrendo, lentamente e dolorosamente. Me sinto drmática e patética. Como me irrita estar tão frágil, tão quebrada. Eu sempre me julguei independente e forte, me olhar no espelho e ver o que me tornei me faz desfrutar da raiva de ser insuficiente para mim, para você, para todos.
A sociedade é tão igual, todos são como clones, projetados para não se expressar facilmente, se mantendo sempre rigido e "forte". Sei que há pessoas, além de mim, fingindo ser tão seguro de si, do futuro, dos outros. Eu conheço minhas limitações, e não esta em meus planos ultrapassá-los.
Em cada esquina, a cada final de de rua, eu espero por uma resposta exalada por minha pele impura. O quão ridicula posso ser? "A autora era uma moça prepotente." "Você gosta da angústia." "Uma verdadeira amante da dor." "Você é sempre tão depressiva." "Só fica triste quem quer." "Sua vida é perfeita, chega de drama." "O que te falta?" CHEGA! Eu não preciso dessas vozes ecoando em minha mente novamente. Me deixe em paz. Me deixe sozinha. Me deixe pensar. Me permita mudar.

Conversa jogada ao vento.

Vida querida, eu te peço;
Passe enquanto há tempo;
A dor esta me tomando;
O sentindo esta se esvairando,

Vida, eu te imploro;
Saia de teu repouso;
Vamos alçar voô;
Para nunca mais sofrer por outro;

Vida, eu te obrigo;
Seja breve quanto ao final;
Estou esperando pelo melhor;
Porém estou ciente do pior;

Vida, eu te condeno;
Te rogo aqui, minha praga;
Irás provar da minha ira, por ter ignorado minhas súplicas;
Terás um fim trágico;
Serás esquecida por quem amas.

Eu-lírico figurante.

Apesar de estar sempre perdendo alguém;
Apesar do tempo não esperar;
As palavras, eu sei, que irão me restar;

Enuqanto possuir alguém para eu escrever;
Enquanto houver disputa entre sentimento e razão;
Enquanto minhas lembranças não forem em vão;
Enquanto eu respirar, mas apenas até eu parar de respirar;

Eu sonho com momento que você dirá;
Me dirá o que se passa em sua mente;
E finalmente minhas escrituras possuiram sentido;

Tenho medo de te perder;
Tanto medo me sufocando;
Tanta incerteza me dilacerando;

Pare com esse jogo de mistérios;
Me mostre seu reflexo;
Abra sua alma serena;
Me deixe sentir sua pulsação;

Você sente medo?
Sente medo de me perder?
Enquanto eu respirar mas apenas até eu parar de respirar;
Você permanecerá vivo em minhas palavras.