Avistava nos
teus olho
brilho de uma galáxia
Que não haveria de apagar
Nem sequer por um segundo
E em cada suspiro
Escondia a agonia da vida
Que não haveria de lhe abandonar
Ao
menos antes da terra a devorar.
A
garota era sensível
E
carregava a glória de uma flor
Que
apesar de sua belez a e perfume
Não
estava livre da dor.
Buscando
esperança em cada esquina
Acabou
se perdendo na avenida dos condenados
E
cansada de andar sem
Pa
rou
de se questionar
Para
achar seu lugar no mundo.
Aos
poucos se esqueceu do seu nome
E a
conotação das cores
Se
subordinando à uma rotina de horrores.
A
menina agora guarda a angustia
Sem
esquecer a agonia, de ainda estar viva
E ás
vezes um suspiro, é na verdade um apelo
Silencioso
e tormento.
Tentou
buscar esperança, no voo dos pássaros
E ao
se jogar do penhasco
Notou
que não tinha asas.