segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Atire-me ao limbo
Faça-me ter medo
Deixe-me sentir frio
Até eu implorar por chamego

Eu já não consigo mais me libertar
Atada em nós
Sem voz para gritar
Apenas me lembro dos contras sem prós

Cada vez mais sufocada no peso de ser-se
Afundando à procura de ti
Acabo afogada por não te ter

Com saudade do teu toque há mais de uma semana
Desmanchando nossos sonhos sozinha
Convido estranhos para a minha cama
Em busca de qualquer mudança, aflita

Coloque tuas mãos por dentro da minha roupa
Quero esquecer o vazio que você deixou
Deixe trêmula minha fala
Arrepie meus sentidos
E finalize com meu andar bêbado
Ou esse meu fim torto

Eu que já não fumava
Virei boca de cinzeiro

Eu que não me importava
Não saio mais da frente do espelho

Passo os dias procurando meu engano
E a cada hora preciso me reinventar para não me entregar ao insano

Jogue-me no seu porta-malas
Não pense na bagunça que posso fazer
Ignore algumas coisas que te dizer
E quando duvidar do que sou olhe com cuidado para minha cara

Quando se cansar de novo
Abandone mas me dê álcool barato
E me espere adormecer antes de partir mais uma vez

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